Baseado no filme MALEVOLA da Disney, dirigido por Robert Stromberg, EUA, 2014.
O conto de fadas, que a meu ver,
não é para crianças, vai além da percepção infantil, um filme voltado para
adultos. Mostra que o beijo de amor verdadeiro não depende do amor entre homem
e mulher. O amor verdadeiro vem com o tempo, com o carinho, cuidar e dedicação
que dedicamos a uma pessoa.
O filme nos remete ao poder que
damos as pessoas, achando que a amamos verdadeiramente. A Malévola era uma fada
boa e ao acreditar no amor de um homem confia nele, e ao confiar perde o que
lhe há de mais forte, suas asas, impedindo-a de voar. Ela era vivaz, alegre e
humana, seu grande poder era o da reconstrução.
As pessoas tendem a ser ambiciosas
e egoístas, pensando somente em seu crescimento e poderio,
o filme mostra que a ambição e o poder vão à frente do amor. Não quer dizer que
não devemos confiar e amar as pessoas, mas devemos saber até que ponto podemos
lhe dar poder.
O grande ápice da história, que
trás a tona tal reflexão sobre o poder que damos as pessoas, é que tendemos a
nos influenciar e permitimos que a ambição e o desejo de poder que existe no
outro nos adentre.
Acredito que devemos sim ser
ambiciosos, mas é possível que em determinado momento inicie-se um duelo entre
quem tem mais poder, essa ambição perpassa os limites do crescimento e do amor.
Nesta busca pelo poder nos
perdemos, e permitimos que o desejo impuro e profano do outro nos invada e
deixamos de agir com base nas nossas vontades.
Mas, ninguém deveria ter poder
sobre nossas decisões, e este acontece por que lhe permitimos, todos temos um
pouco de Malévola dentro de nós, um lado bom e um lado mau, deixamos nos
influenciar e quando vemos estamos tomados por ira, inveja e agindo de forma incoerente.
E tendemos a culpar as pessoas a nossa volta por tais atitudes, subjugamos e
quando vemos estamos agindo da mesma forma. Não se tornar igual as pessoas que
repudiamos deve nos trazer de volta a luz.
É necessário atentar-se aos
sentimentos que as pessoas a nossa volta nos provocam. Expelir essas pessoas de
nosso cotidiano é fundamental. Suas decisões só dependem de você e de mais
ninguém, não as culpe, é você quem permitirá que o mal adentre ou não nessas
decisões.
Dayane Rodrigues
Psicóloga Organizacional
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