sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Vitimismo e Mimimis que nos cercam

No mundo de hoje parece que algumas pessoas, apresentam certa dificuldade de encarar a dura realidade da existência.
"De olhar para frente, de erguer a cabeça, prosseguir a viagem temporária e aceitar o processo metafísico". Preferem não acreditar em si, não valorizar capacidade de superação e de não querer transcender certas adversidades triviais.
É como se fosse --uma síndrome do coitadinho--, e que tem como traço, se vitimizar em determinadas situações, e sempre projetando dificuldades subjetivas no outro. Apresentam baixa tolerância à frustração ou se irritam quando percebem um questionamento/argumento contrário à sua forma de pensar.
Costumam externalizar essa dificuldades em falas do tipo: "Eu não gostaria de ter feito aquilo"..., "Aquela pessoa fez tal coisa comigo"..., "Não souberam me tratar com consideração". Enfim... estão sempre querendo uma atitude atenciosa e acolhedora, por parte do outro "um amparo ou uma muleta para se auto sustentarem emocionalmente" - diante de intranqüilidades.
Esse "vitimismo e mimimi's internalizado", em que o indivíduo não se permite romper, é porque só mira no problema e na crise que o aflige! Mas, não consegue focar, se compenetrar na resolução e simbolicamente está sempre esperando, uma solução miraculosa.
Assume resistências no sentido de investir mais em si, de querer aprender a se auto respeitar e assumir/lidar de forma congruentes, fases que realmente ocorrem situações desfavoráveis.
É claro! Que não podemos se apresentar, (COMO UM SER) que não se abala com nada, e sair julgando o processo de elaboração e sofrimento do outro. E que, realmente há pessoas, que são mais sensíveis e que não conseguem reagir a determinadas circunstâncias... aí é importante um suporte de um profissional.
Eu também me incluo nesse processo e acredito que muitos, já experienciaram algo parecido.
Nesse vitimismo e mimimi's habitado, há possibilidade de construir algo! Para que esse tipo de sentimento e comportamento seja derrotado.
Ah, até que eu gostaria de pontuar alguma forma, para lidar com essa questão... Mas, como eu acredito no potencial do ser humano, em superar-se! Penso que é melhor finalizar por aqui.

Luís Carlos

Psicólogo Clínico - CRP 6/95367

sábado, 21 de outubro de 2017

PERDIDO POR UM, PERDIDO POR TODOS

Costumamos usar este expressão para justificar a manutenção errada de nossos atos. Diria até que é uma frase que poderia representar nossa covardia, diante das necessidades que temos, mas não queremos encarar.
Optamos por manter uma postura passiva, continuamos sofrendo e até nos enganando, mentindo para si e para os outros. Pois, por vezes este sofrimento pode ser amenizado em determinados momentos, nessa hora temos um pequeno respiro. Este respiro nos faz pensar que as coisas aparentemente estão melhorando e nem tudo é terra arrasada, que ainda há uma chance de melhora, mesmo que pequena. Vamos aceitando pequenas migalhas que a vida nos oferece.

Depois fatalmente iremos colocar a culpa do nosso sofrimento e falta de ação nos outros, no tempo e até na nossa idade, como se houvesse faixa etária para assumirmos nossas responsabilidades.
Continuamos fazendo um investimento emocional em algo que até já nos deu algum tipo de retorno no passado, mas atualmente apenas nos traz gastos psíquicos e emocionais, financeiros e até físicos.
E assim como o personagem Sísifo da mitologia grega, ficamos gastando energia em algo que no fim das contas irá desmoronar.
Segundo Carl Rogers, um teórico da psicologia, só conseguiremos sair dessa condição quando aceitarmos nossa responsabilidade e formarmos uma relação de ajuda consigo mesmo e estarmos afetivamente consciente dos nossos próprios sentimentos e aceitando-os.


"Você pode fugir de tudo, menos de si mesmo"


Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo clínico
givaldo20psc@yahoo.com.br


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Sofrimento da Mudança


  Constantemente sofremos decepções e abalos emocionais, que podem vir de onde menos esperamos. Do lugar em que pensávamos ter uma base sólida (relacionamentos, trabalho, família). Lugares que transmitiam segurança e considerávamos nosso porto seguro, aonde podemos recorrer numa situação limite e estressante.
 Apesar da difícil aceitação, a realidade é que até estes locais estão sujeitos a estremecimentos.
 Mesmo assim não devemos ter uma visão fatalista das coisas e acreditar que não devemos investir novamente em determinadas instituições da nossa baseado no histórico de frustrações que passamos.


 É justamente nesse momento que devemos fazer um balanço de nossa vida e com um olhar muito critico, realista, mas, até com certa dose de indulgencia para consigo mesmo.   Entendendo como seu deu este processo de mudança e qual foi o caminho seguido para chegar até ele, não simplesmente buscando culpados para os ocorridos que não deram certo.
  Olhar para dentro de si e então começar a estabelecer novos parâmetros para sua vida e isso implica mudar e fatalmente buscar novas fontes de energia para encarar estas mudanças.
 Li numa postagem do instagran de uma pessoa muito querida e me apropriei da frase.

     "A mudança nunca é dolorida, o que dói é a resistência à mudança".



Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clinico
CRP- 06/96511
givaldo20psc@yahoo.com.br






sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Está Tudo Caindo do Caminhão!!!!!!

      Ouvi esta expressão e a achei muito interessante. Apesar de óbvia, a explicação é de que está tudo uma bagunça e fora do lugar. 
      Por diversas vezes passamos por momentos em que temos a sensação de que não conseguimos resolver nada, são tantas coisas pra fazer e tantos problemas, que não sabemos nem por onde começar, fazendo com que as decisões mais simples, nos causem um grande sofrimento emocional devido às pressões diárias que temos que lidar.
      A terapia ajuda a entender e conhecer um pouco mais sobre a origem de muitos sentimentos. Dentre os quais, o medo é o mais característico de todos, quando precisamos tomar uma decisão.
      Mas, por mais conflituosa que seja a situação, a tomada de decisão não pode esperar por muito tempo, pois esta demora acarreta uma sobrecarga emocional muito grande, fazendo com que cheguemos no nosso limite.
      A evolução e as mudanças dependem das tomadas de decisão. Na teoria parece tudo muito simples e fácil. Sempre planejamos mentalmente o que vamos fazer e de que forma iremos encaminhar determinadas questões da nossa vida.
      Mas, na prática, na famosa hora do "Vamos ver", tudo muda de figura, congelamos, regredimos. O senso comum e o julgamento dos outros, diriam que fomos covardes. Infelizmente o Julgamento dos outros tem um peso muito grande nas decisões que temos que tomar e é outro aspecto que nos impede de evoluir.


      E assim como os personagens do filme Os Croods, ficamos presos numa caverna, sem explorar o mundo de possibilidades que nos esperam fora daquele ambiente, aparentemente calmo, mas emocionalmente opressor, fazendo com que as coisas não parem nunca de cair do caminhão.



Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP- 06-96511
givaldo20psc@yahoo.com.br

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Ressignificação

       Muitas vezes ficamos presos ao passado e não deixamos que ele ocupe seu verdadeiro espaço. Isso faz com que soframos e deixemos de viver a nossa realidade atual.            É uma prisão que temos a chave da cela, mas insistimos em nos mante presos em algum tipo de sadismo. É preciso ter muita força e coragem, não para desistir do que já foi seu mundo um dia, mas para entender que a sua vida mudou. 


     E essas mudanças que aconteceram tiveram um propósito importante. Temos que aprender a entender os acontecimentos da vida e saber lidar com dinamismo constante, as mudanças simplesmente não vão parar de acontecer nunca.
      Precisamos tirar lições disso. Não devemos ignorar o nosso passado, mas, precisamos viver a vida agora e não depois. Precisamos ressignificar o passado fazendo com que o presente tenha ainda mais sentido.


PS- Escrevi este artigos, depois de conversar com algumas pessoas que normalmente envio o link do blog, inclusive me apropriei de alguns textos e expressôes escritas por essas pessoas. 
Muito Obrigado Camila e Fernandinha.





Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511

sexta-feira, 23 de junho de 2017

EMPATIA

Muitas pessoas oferecem cuidados a um familiar, amigo ou namorado (a), em período integral ou boa parte de seu tempo. Se esse cuidado não for oferecido de forma correta, a dedicação e boa intenção podem fazer com que haja a negligência da própria vida, além de causar uma dependência emocional ao outro. A empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro) é importante, mas, precisamos saber administrar para que não se volte contra nós e também para evitarmos que se torne um sentimento opressor, muitas vezes a manipulação pode vir disfarçada de empatia, fazendo com que toda a nobreza do sentimento seja deturpada e assim perdendo o seu sentido.
Administrar os próprios sentimentos já é difícil, imagina absorver as dores e sofrimentos alheios.
É saudável para os relacionamentos, ter essa capacidade de dissociar os sentimentos. O desgaste emocional é bem menor e dessa forma se permite que o outro possa assumir as responsabilidades daquilo que faz e do que sente.
Evitando assim qualquer tipo de sentimento de culpa. A presença física, desempenando um papel de escuta passiva, muitas vezes tem um poder maior de ajudar. E não se deve tentar aplacar a dor alheia quando não se sabe lidar com seus conflitos.
A psicoterapia e o autoconhecimento é uma das melhores formas de saber quais são as suas limitações e capacidades.


Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Manipuladores Emocionais

     Alguma vez você já manipulou ou foi manipulado emocionalmente? Algumas pessoas fazem disso um hábito cotidiano, mas, em determinados momentos somos tentados a agir de forma a manipular alguém. A ficção está cheia de pessoas desse tipo, só para citar um, o médico protagonista da série HOUSE. São pessoas muito hábeis com as palavras que sabem seduzir apenas falando e muitas vezes conseguem alcançar seus objetivos mediante a fragilidade emocional das pessoas com quem se relacionam. Estas pessoas estão em todos os cantos, não se pode limitar apenas ao campo dos relacionamentos, mas, também no ambiente profissional. Nos relacionamentos as coisas são muito mais aparentes, pois o impacto sempre extrapola e respinga nos amigos, familiares da pessoa que é manipulada. Alguma vezes as coisas acontecem com uma sutileza, que dificulta a percepção do par manipulado e de outras pessoas de sua convivência. Em outros casos, as situações são tão aparentes que as pessoas se tornam reféns e passam por um processo de despersonalização. Não vivendo mais a sua vida e sim a vida da pessoa manipuladora. Que mantem sempre as rédeas curtas evitando assim que haja influência de outras pessoas naquela situação. O exercício do poder sobre o outro causa um tipo de cegueira, impedindo em alguns casos que o manipulador perceba o mal que está causando ao outro. Em algumas situações esse poder é exercido com consciência e há sempre algum tipo de chantagem. O ego do manipulado normalmente está tão enfraquecido que termina cedendo aos caprichos e vontades do outro. A conta ou resgate para sair dessa situação termina sendo muito cara, em alguns casos irreversíveis, pois para que isso ocorra teria que haver uma confrontação de imposição de vontades, que por mais básicas que sejam são sempre colocadas em segundo plano para que seja possível viver a vida de outra pessoa. Sempre importantes estarmos atentos aos sequestradores que nos rondam e espreitam também as pessoas por quem nós temos carinho e apesar de todo desgaste, temos que confrontar a situação e pagar o resgate.

Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

LUZ ENTRE OCEANOS

         Depois de assistir ao filme luz entre oceanos recentemente, pude perceber a importância que a cumplicidade deve ter nos relacionamentos, principalmente os afetivos. O filme se passa na ilha de Janos. O mês de janeiro tem esse nome em homenagem ao Deus Romano Jano, que é o Deus das transições e mudanças.
            O filme relata a historia de um casal que mora nessa ilha e se apesar de suas personalidades completamente diferentes, se afeiçoam um pelo outro a ponto de se tornarem cúmplices de algo. Inicialmente havia uma admiração muito grande entre os dois, fato esse que acarretou a união. União que se tornou mais forte ao longo do tempo e dos problemas que tiveram que enfrentar morando sozinhos nessa ilha.


Essa cumplicidade fica abalada quando a personalidade de uma das pessoas se sobressai e começa a influenciar a outra de forma negativa. Em todo relacionamento seremos influenciados, mas até que ponto isso vai ser bom para o desenvolvimento de nossa personalidade. Muitas vezes as pessoas costumam falar que não podem mais mudar, porque já tem determinada idade, esse ponto causa muitos conflitos nos relacionamentos por causa daquela famosa frase “Ele(a) já me conheceu assim e não vou mudar”.
            O filme tem um final surpreendente demonstrando que é possível se relacionar de forma positiva, sem ter que se anular. E que mesmo os relacionamentos mais longevos podem render muita coisa, basta que cada um esteja disposto a ceder um pouco. Sempre, sempre, sempre.

PS- Jano possui uma face dupla, simbolizando o passado e o futuro. Jano é o Deus dos inícios, das decisões e escolhas.


Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511