Num mundo cercado e vigiado 100% do tempo, muitas vezes é difícil sentir-se só, ou perceber-se só. Sempre tem um e mail, um whatsApp, uma notificação nas redes sociais, sem falar no telefone que não para de tocar. Somos solicitados o tempo todo!
Reitero a importância de ficar sozinho de vez em quando. A solidão não deve ser vista como algo negativo e sim como um momento de reflexão e introjeção. Vivemos numa esquizofrenia de vozes que nunca se calam, câmeras que nunca desligam e pessoas plugadas o tempo todo.
As pessoas não se perguntam se a outra está bem ou
não. A pergunta é... Você está logado? Está on line?
Com isso nos envolvemos em relacionamentos medíocres e
efêmeros, consequentemente terminamos esquecendo do nosso Eu e negligenciando
principalmente nosso lado emocional.
(Esta é uma cena do filme 1984, que foi adaptado do livro homônimo do autor George Orwel, que cunhou o termo Big Brother, o Grande Irmão)
As vozes e respostas para muitas perguntas, está
justamente na solidão e não no teclado do celular ou computador. A solidão a
que me refiro é estar só e refletir, avaliar um pouco a sua vida, seus desejos
e até se incomodar de verdade com algumas coisas. Não podemos deixar essas
coisas que nos incomodam no mundo virtual.
Após essa cutucada na ferida é importante também que
estejamos abertos a procurar ajuda profissional de um psicólogo. Não adianta
nada parar para refletir e depois voltar correndo para o computador e pesquisar algumas soluções no Google.
O psicoterapeuta Flávio Gikovate cita que a solidão é
boa, que ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade a pessoa. As
boas relações afetivas são ótimas, são como ficar sozinho: Ninguém exige nada
de ninguém e ambos crescem.
Psicólogo Organizacional
e Clínico
CRP 06-96511
givaldo20psc@yahoo.com.br