Em qualquer tipo de
relacionamento que temos em nossas vidas, há uma doação gigantesca de si. Nos relacionamentos
afetivos não é diferente, com um grande agravante que são as projeções que
sempre temos em relação aos nossos parceiros.
Estas projeções atuam de
forma negativa quando fazem com que nos anulemos em nossa vida, para viver
apenas a vida da outra pessoa, causando assim uma despersonalização do caráter.
E mesmo que esse relacionamento
evolua para algo mais sério, no fim das contas termina não sendo tão saudável,
por vezes levando a uma vida infeliz e sem propósitos. E depois de um
relacionamento longo, que não evoluiu para nada sério, fica uma sensação de frustração
e de que perdemos nosso tempo, quando na verdade não foi somente o seu tempo
que indiretamente foi perdido, pois nenhum relacionamento é construído por
apenas uma pessoa, os mais modernos podem ter até três ou mais. Mas, esta nem é
a principal questão.
Quando acontece um término
deve-se sempre observar aquilo que foi positivo naquele relacionamento, que
apesar de não existir mais, foi muito bom e com certeza teve momentos ótimos e
o amor sem duvida nenhuma foi eterno enquanto durou, como já dizia Vinicius de
Moraes em seu Soneto de Fidelidade.
Outro ponto é levar em
consideração aquilo que não deu certo e apesar de sempre repetirmos alguns padrões,
buscarmos algo novo, nesse novo alguém. Esta é uma fórmula difícil, pois aparentemente
as personalidades, gostos musicais, biotipos e até os nomes se repetem muito no
mundo.
No final das contas percebemos
que as pessoas não mudam, quem muda somos nós e pasme, isso acontece por causa
dos nossos relacionamentos anteriores.
Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511
givaldo20psc@yahoo.com.br