quinta-feira, 7 de abril de 2016

RELACIONAMENTOS



Em qualquer tipo de relacionamento que temos em nossas vidas, há uma doação gigantesca de si. Nos relacionamentos afetivos não é diferente, com um grande agravante que são as projeções que sempre temos em relação aos nossos parceiros.
Estas projeções atuam de forma negativa quando fazem com que nos anulemos em nossa vida, para viver apenas a vida da outra pessoa, causando assim uma despersonalização do caráter.
E mesmo que esse relacionamento evolua para algo mais sério, no fim das contas termina não sendo tão saudável, por vezes levando a uma vida infeliz e sem propósitos. E depois de um relacionamento longo, que não evoluiu para nada sério, fica uma sensação de frustração e de que perdemos nosso tempo, quando na verdade não foi somente o seu tempo que indiretamente foi perdido, pois nenhum relacionamento é construído por apenas uma pessoa, os mais modernos podem ter até três ou mais. Mas, esta nem é a principal questão.

 
Quando acontece um término deve-se sempre observar aquilo que foi positivo naquele relacionamento, que apesar de não existir mais, foi muito bom e com certeza teve momentos ótimos e o amor sem duvida nenhuma foi eterno enquanto durou, como já dizia Vinicius de Moraes em seu Soneto de Fidelidade.
Outro ponto é levar em consideração aquilo que não deu certo e apesar de sempre repetirmos alguns padrões, buscarmos algo novo, nesse novo alguém. Esta é uma fórmula difícil, pois aparentemente as personalidades, gostos musicais, biotipos e até os nomes se repetem muito no mundo.
No final das contas percebemos que as pessoas não mudam, quem muda somos nós e pasme, isso acontece por causa dos nossos relacionamentos anteriores.

Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511
givaldo20psc@yahoo.com.br