segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

LUZ ENTRE OCEANOS

         Depois de assistir ao filme luz entre oceanos recentemente, pude perceber a importância que a cumplicidade deve ter nos relacionamentos, principalmente os afetivos. O filme se passa na ilha de Janos. O mês de janeiro tem esse nome em homenagem ao Deus Romano Jano, que é o Deus das transições e mudanças.
            O filme relata a historia de um casal que mora nessa ilha e se apesar de suas personalidades completamente diferentes, se afeiçoam um pelo outro a ponto de se tornarem cúmplices de algo. Inicialmente havia uma admiração muito grande entre os dois, fato esse que acarretou a união. União que se tornou mais forte ao longo do tempo e dos problemas que tiveram que enfrentar morando sozinhos nessa ilha.


Essa cumplicidade fica abalada quando a personalidade de uma das pessoas se sobressai e começa a influenciar a outra de forma negativa. Em todo relacionamento seremos influenciados, mas até que ponto isso vai ser bom para o desenvolvimento de nossa personalidade. Muitas vezes as pessoas costumam falar que não podem mais mudar, porque já tem determinada idade, esse ponto causa muitos conflitos nos relacionamentos por causa daquela famosa frase “Ele(a) já me conheceu assim e não vou mudar”.
            O filme tem um final surpreendente demonstrando que é possível se relacionar de forma positiva, sem ter que se anular. E que mesmo os relacionamentos mais longevos podem render muita coisa, basta que cada um esteja disposto a ceder um pouco. Sempre, sempre, sempre.

PS- Jano possui uma face dupla, simbolizando o passado e o futuro. Jano é o Deus dos inícios, das decisões e escolhas.


Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511