Depois de assistir ao filme luz entre oceanos
recentemente, pude perceber a importância que a cumplicidade deve ter nos
relacionamentos, principalmente os afetivos. O filme se passa na ilha de Janos.
O mês de janeiro tem esse nome em homenagem ao Deus Romano Jano, que é o Deus
das transições e mudanças.
O filme
relata a historia de um casal que mora nessa ilha e se apesar de suas personalidades
completamente diferentes, se afeiçoam um pelo outro a ponto de se tornarem cúmplices
de algo. Inicialmente havia uma admiração muito grande entre os dois, fato esse
que acarretou a união. União que se tornou mais forte ao longo do tempo e dos
problemas que tiveram que enfrentar morando sozinhos nessa ilha.
Essa cumplicidade fica abalada quando a personalidade
de uma das pessoas se sobressai e começa a influenciar a outra de forma
negativa. Em todo relacionamento seremos influenciados, mas até que ponto isso
vai ser bom para o desenvolvimento de nossa personalidade. Muitas vezes as
pessoas costumam falar que não podem mais mudar, porque já tem determinada
idade, esse ponto causa muitos conflitos nos relacionamentos por causa daquela
famosa frase “Ele(a) já me conheceu assim e não vou mudar”.
O filme
tem um final surpreendente demonstrando que é possível se relacionar de forma
positiva, sem ter que se anular. E que mesmo os relacionamentos mais longevos podem render muita coisa, basta que cada um esteja disposto
a ceder um pouco. Sempre, sempre, sempre.
PS- Jano possui uma face dupla, simbolizando o passado e o futuro. Jano é o Deus dos inícios, das decisões e escolhas.
Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511