sábado, 12 de dezembro de 2015

Tatuagens e amor



A questão de marcar os corpos através de pintura tem muitas representatividades, e remonta desde a tribos que pintam seus corpos para guerra e para comemorações, até rituais de passagens como a chegada de uma criança na família, a maturidade e vida adulta, bem como em rituais mortuários. Somente para citar alguns exemplos.
O caso de pessoas que pintam seus corpos através de tatuagens para representar o amor por outro, apesar de ser vistos por alguns como prova de amor, pode ser interpretado também como marcação de território e mais grave ainda como demarcação de propriedade. Nos tempos atuais os relacionamentos estão cada vez mais efêmeros e o amor sentido por outra pessoa, mesmo que por curto período de tempo, deve ser compartilhado de todas as formas possíveis. As pessoas também tem sentido cada vez mais a necessidade deixar sua marca no outro e apesar das juras de amor eterno, sabemos que estas marcas através de tatuagens podem ser removidas posteriormente ou mesmo substituídas por outros desenhos.
No auge do amor estas pessoas acreditam que esta é a melhor forma de demonstrar seus sentimentos e esquecem que por trás disso há uma situação muito mais conflitante. Muitas situações conflitantes mal resolvidas são as causadoras da aceitação de uma situação com esta e se fosse possível avaliar, verificaríamos que a tatuagem como prova de amor não vai ser unanimidade para o casal.

Um filme que assisti chamado Alabama Monroe (The Broken Circle Breakdown), retrata um pouco de tudo isso que escrevi, além de abordar outras questões bem fortes. E a trilha sonora é um prato cheio para quem gosta de boa musica, se puderem assistam e ouçam, é sensacional.



Givaldo da Silva Costa Filho

Psicólogo Clínico
CRP 06-96511
givaldo20psc@yahoo.com.br

 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Desligue a câmera e aproveite o momento


Usando o trecho do filme A Vida Secreta de Walter Mitty (Ben Stiller), quando este encontra o fotografo Sean O’Conell (Sean Pen) e intrigado por que ele não registra na máquina fotográfica aquela cena em que ambos estavam vivenciando, este diz a Mitty: “Ás vezes eu não bato (a fotografia), se eu gosto muito de um momento, pessoalmente, eu não gosta da distração da câmera”.
Sei que atualmente é difícil realizar este feito, mas, afirmo, guarde o celular/câmera e aproveite o momento. As experiências são muito mais importantes do que as imagens, e perdemos segundos preciosos dessa experiência ao tentar achar o ponto ideal da câmera, ligando ou desligando o flash.
Estes momentos não precisam ser editados ou melhorados através de softwares, nem dependem do ângulo da luz ou da imagem de fundo, a beleza deles consiste exatamente na finitude do seu acontecer. Eles tem uma importância muito grande em nossa vida e não podem ser perdidos, ficando melhor representados em nossa memória, esta sim que nunca será perdida, nem terá a necessidade de ser formatada.
Não há nada mais prazeroso do que sermos os guardiões de nossas memórias.

Givaldo da Silva Costa Filho

Psicólogo Clínico
CRP 06-96511
givaldo20psc@yahoo.com.br

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Verbalização



Um dos pontos mais importantes do processo terapêutico é a escuta. Na verdade a escuta acontece mais por parte do paciente, o psicólogo é apenas o mediador da fala da pessoa consigo mesma. Alguns pacientes me falam no atendimento,

 “é muito estranho falar isso, eu já pensei, mas falar é completamente diferente”. 

Posso dizer que esse um ápice da terapia, pois é nesse momento que o paciente percebe-se assumindo as responsabilidades pela sua vida e falar para si mesmo quais são seus grandes problemas e angustias, auxiliam na evolução clinica.

 Este é um grande desafio que os psicólogos devem enfrentar, pois há uma resistência enorme das pessoas em assumirem seus problemas. O comportamento verbal tão importante para a vida e para a terapia fica cada vez mais complicado. A tecnologia voltada para a comunicação tem sido usada de forma negligente pelas pessoas, e ao invés de facilitar as conversa, causa uma confusão enorme. Há um discurso cheio de ruídos e a comunicação é corrompida. O volume de conversa é muito grande, mas o conteúdo é vazio. De modo que as pessoas não conseguem ouvir nem a si, nem ao outro.
Por mais incomodo que seja, é preciso que nos ouçamos!


Givaldo da Silva Costa Filho

Psicólogo Clínico
CRP 06-96511
givaldo20psc@yahoo.com.br

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Escola



Bagunça na escola: alunos mimados, pais desinformados que esperam pelo o Estado que os filhos se tornem letrados.
           A educação se acabou, tudo piorou e o ambiente escolar se esgotou.
           A janela do conhecimento, cercada pela grade do esquecimento tornou-se um espaço de aborrecimento.

          Nada - para melhorar - e o nosso Estado dizendo que melhorará, só que na realidade só querem enganar e até doutrinar.
           Somos sempre culpados e abobalhados, esperando o Estado para educar o que eles querem é manipular.
         Somos sempre enganados com um ensino falseado, o professor transtornado quase que esgotado, aguenta calado pra não ser vaiado.
           É a nossa função saber educar, a do professor querer ensinar e a do Estado facilitar.
           Do jeito que está, quem pode nos ajudar? Será que pode ser um psicólogo escolar?

Luís Carlos
Psicólogo e Orientador Vocacional
CRP – 06/95367