A questão de marcar os corpos através de pintura
tem muitas representatividades, e remonta desde a tribos que pintam seus corpos
para guerra e para comemorações, até rituais de passagens como a chegada de uma
criança na família, a maturidade e vida adulta, bem como em rituais mortuários.
Somente para citar alguns exemplos.
O caso de pessoas que pintam seus corpos através de
tatuagens para representar o amor por outro, apesar de ser vistos por alguns
como prova de amor, pode ser interpretado também como marcação de território e
mais grave ainda como demarcação de propriedade. Nos tempos atuais os
relacionamentos estão cada vez mais efêmeros e o amor sentido por outra pessoa,
mesmo que por curto período de tempo, deve ser compartilhado de todas as formas
possíveis. As pessoas também tem sentido cada vez mais a necessidade deixar sua
marca no outro e apesar das juras de amor eterno, sabemos que estas marcas
através de tatuagens podem ser removidas posteriormente ou mesmo substituídas
por outros desenhos.
No auge do amor estas pessoas acreditam que esta é a melhor forma de demonstrar seus sentimentos e esquecem que por trás disso há
uma situação muito mais conflitante. Muitas situações conflitantes mal
resolvidas são as causadoras da aceitação de uma situação com esta e se fosse
possível avaliar, verificaríamos que a tatuagem como prova de amor não vai ser
unanimidade para o casal.
Um
filme que assisti chamado Alabama Monroe (The Broken Circle Breakdown), retrata
um pouco de tudo isso que escrevi, além de abordar outras questões bem fortes. E
a trilha sonora é um prato cheio para quem gosta de boa musica, se puderem
assistam e ouçam, é sensacional.
Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511
givaldo20psc@yahoo.com.br
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