segunda-feira, 16 de março de 2015

Zona de Conforto



Atualmente estou lendo um livro chamado Trem Noturno Para Lisboa, de um autor francês, chamado Pascal Mercier.
O livro conta a historia de um professor de filologia chamado Raimundus Gregórius, que após um encontro insólito com uma moça portuguesa, se encanta pelo seu sotaque. Depois desse encontro, Mundus como era chamado, resolve ir atrás dessa moça em Lisboa-Portugal, sem ter muitas informações sobre ela e de como irá encontrá-la. Por enquanto até aí nada normal, a não ser o fato de Mundus ter indo atrás dessa moça após abandonar seus alunos no meio de uma aula e sem dar explicações a ninguém.
Aí… me vem a seguinte pergunta.
O que pode levar as pessoas a abandonar suas zonas de conforto e sair para um mundo desconhecido?
Por que abandonar a segurança? Muitas pessoas dizem que é importante sair desse local enclausurante. Mas, quem é que gosta de correr risco?
Não estou defendendo uma coisa, nem outra. Apenas fazendo algumas provocações para entender melhor esta situação que incomoda, mas ao mesmo tempo oferece garantias de uma vida mais tranquila. Não estou encima do muro, tenho bem definido a minha opinião.
Afinal de contas, ao invés de fugirmos dessa tranquilidade e zona de conforto, corremos atrás dela como loucos, apesar do peso que isso pode trazer.


Buscamos sempre um trabalho que nos dê segurança profissional, uma família estável. E a duras penas conquistamos essas coisas. Depois dessas conquistas, por causas dos grilos e pressões externas, ficamos tentados a arriscar mais. Não estou incitando as pessoas a permanecerem cometendo os mesmos erros de sempre, as vezes inovando, cometendo um erro novo aqui, outro ali, mas nada que impacte a vida de forma significativa. Ficando em relacionamentos ruins, investindo tempo em coisas prejudiciais. Não há nada de confortável nessa situação.
Não podemos desperdiçar nosso tempo e talento em coisas que não nos tragam retorno, seja ele financeiro, afetivo, emocional. O que é pior? Estar num emprego que muitas vezes não é o dos sonhos, mas te remunera ou estar desempregado?
A vida é desconfortável, viver é arriscar-se!

Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo Clínico
CRP 06-96511
givaldo20psc@yahoo.com.br



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