sábado, 21 de outubro de 2017

PERDIDO POR UM, PERDIDO POR TODOS

Costumamos usar este expressão para justificar a manutenção errada de nossos atos. Diria até que é uma frase que poderia representar nossa covardia, diante das necessidades que temos, mas não queremos encarar.
Optamos por manter uma postura passiva, continuamos sofrendo e até nos enganando, mentindo para si e para os outros. Pois, por vezes este sofrimento pode ser amenizado em determinados momentos, nessa hora temos um pequeno respiro. Este respiro nos faz pensar que as coisas aparentemente estão melhorando e nem tudo é terra arrasada, que ainda há uma chance de melhora, mesmo que pequena. Vamos aceitando pequenas migalhas que a vida nos oferece.

Depois fatalmente iremos colocar a culpa do nosso sofrimento e falta de ação nos outros, no tempo e até na nossa idade, como se houvesse faixa etária para assumirmos nossas responsabilidades.
Continuamos fazendo um investimento emocional em algo que até já nos deu algum tipo de retorno no passado, mas atualmente apenas nos traz gastos psíquicos e emocionais, financeiros e até físicos.
E assim como o personagem Sísifo da mitologia grega, ficamos gastando energia em algo que no fim das contas irá desmoronar.
Segundo Carl Rogers, um teórico da psicologia, só conseguiremos sair dessa condição quando aceitarmos nossa responsabilidade e formarmos uma relação de ajuda consigo mesmo e estarmos afetivamente consciente dos nossos próprios sentimentos e aceitando-os.


"Você pode fugir de tudo, menos de si mesmo"


Givaldo da Silva Costa Filho
Psicólogo clínico
givaldo20psc@yahoo.com.br


Um comentário:

  1. De fato, muitas vezes nos deixamos enganar, achando que determinada situação mudará com o tempo, mas não muda se o sujeito não quiser, não se dispor... A solução está nele mesmo.

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