quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Repertório Emocional

Normalmente limitamos nossas emoções. E com este repertório emocional limitado não conseguimos lidar com as mais diversas situações que surgem em nossas vidas. Por exemplo. A expressão, “personalidade forte”, denota exatamente essa ideia cristalizada, de que somos assim e as pessoas precisam aprender a conviver com este nosso traço.

Em algumas situações, essa peculiaridade por ser inicialmente divertida, mas não se sustenta, e no fim das contas só conseguiremos causar mágoa e chateação nas pessoas, que muitas vezes tem algum tipo de afeto por nós.

Esse conflito interno, nos faz enxergar inimigos em tudo/todos e não podemos baixar a guarda, demonstrando fraqueza ao custo de sermos pisoteados pelos outros. Um inimigo virtual e invisível.

Essa limitação só nos atrapalha. Principalmente quando nos confrontamos com alguém que está em franca evolução e percebemos que não conseguimos evoluir na mesma velocidade que ela. A reação muitas vezes não é das melhores, pois vem a tona a ideia de que estamos sendo atacados e logo, precisamos mostrar nossas armas. É saudável? Claro que não! Mas, é a única forma de reação que temos. O que se ganha? Dependendo da dinâmica do relacionamento, podemos não ganhar nada. Ou no pior dos cenários, ganhar a indiferença das pessoas, o que é um dos piores tipos de afeto que pode existir.

PS- Escrever isso me fez recordar de um filme chamado Onde Vivem os Monstros. Diria que este repertório emocional limitado remete a condição de que não sabemos aonde vivem nossos monstros.

Givaldo da Silva Costa Filho

Insta- givaldopsicologo


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